HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

segunda-feira, julho 31, 2006

De 24 a 31 vão 7!

Dias: 7 dias, obviamente. Foi o que me ocorreu enquanto bebia aqui o meu copo de leite nocturno. Faz bem beber leite; refresca um bocadinho; tem cálcio, logo fortifica os ossos; e há sempre aquele mito de ser bom para matar insónias: relaxa as fibras e tal. E já agora - e confidencialmente, que ninguém aqui nos está a ouvir; já é tarde - só quero dizer que não deixei gosma nenhuma naquele malfadado copo de leite durante aquele lanche. Bem sei que ele não me pertencia - só quis provar um bocadinho; e se comecei a rir foi porque começaram a dizer parvoíces e a fazer propostas pouco convencionais que me fizeram subir o sangue à cabeça; e eventualmente também aos lábios. Mas gosma nunca, pá. Serei eu algum caracol? Gosma não. Nem sequer me dou com franceses. Por isso, essa coisa do copo de leite com gosma fica por aqui. Já lá devem ir mais de 7 semanas: pelo menos mais de 7 dias de certeza... e mais um pouco, e reparamos que já lá vão 7 meses; e depois 7 anos. E tenho a sensação que mesmo passado tanto tempo, continuarei a lembrar-me do episódio do copinho de leite. Com isto, só queria dizer que há uma semana que o blog estava inactivo; e que... bem, 7 é um número bonito - cheio de simbolismo; mas parece que não está a sair mesmo nada de jeito - isto não tem nexo nenhum. Assim, fico por aqui; é que já passam 7 minutos das 24 e distraidamente, já perdi o meu 31...

segunda-feira, julho 24, 2006

E viveram felizes para sempre...

Isto é que há coisas... Hoje de manhã acordei a pensar numa história que li há alguns anos atrás, naquela época dos meus 14, 15 anos em que "papava" tudo o que encontrava sobre mitologia greco-romana. Houve uma lenda que encontrei uma vez num livro e da qual gostei particularmente:
Damon e Pythias eram amigos de longa data e ambos seguidores de Pitágoras - aquele matemático das hipotenusas e dos catetos. Numa viagem que fizeram a Siracusa, Pythias foi acusado de conspirar contra o rei - e um bocado tirano - desta terra. Foi-lhe assinada uma sentença de morte. Pythias nada fez contra tal facto: acatou a sentença e apenas pediu que o deixassem regressar a casa uma última vez para se despedir da sua família. Como seria de esperar, o rei achou tal proposta impensável e recusou, acreditando que assim que fosse liberto, Pythias fugiria e nunca mais voltaria a vê-lo. Foi assim que Damon, arriscando a própria segurança pelo melhor amigo, propôs ao rei tomar o lugar de Pythias: se acaso este não voltasse, Damon seria executado no seu lugar. Assim, Pythias partiu e o rei ficou com Damon em seu poder, nunca acreditando que o primeiro alguma vez voltaria. O dia em que Pythias deveria voltar passou e deu lugar à noite; e quando o sol do dia seguinte nasceu, Damon estava já a ser preparado para a sua execução... - quando, para espanto de todos, Pythias apareceu. Pedindo perdão a Damon pelo seu atraso, contou a todos como o navio em que fizera a viagem de regresso fora atacado por piratas, como o tinham mandado pela borda fora e como nadara até à costa de modo a chegar o mais rapidamente possível, de modo a salvar o seu amigo. A verdade, é que o rei ficou tão surpreendido com a confiança, lealdade e amizade que existia entre os dois homens, que os libertou - fez deles seus conselheiros, mostrando que afinal não era tão tirano assim e que a verdadeira amizade mostra o que há de melhor em todos nós.
A história é bonita pela sua simplicidade e não é propriamente pela mensagem que transmite que gosto particularmente dela (raios... eu gosto do mentiroso do gato das botas...); é que por mais incrível que pareça, deve ser uma das poucas histórias da mitologia que realmente acaba bem. Muito ao estilo do velho e bom lema: e viveram felizes para sempre...

sexta-feira, julho 21, 2006

Num gesto de despedida antes das férias (directamente da FCUL e sem nada para fazer)

Porque nas férias não se pensa em ciência, porque afinal esta acaba por ser o nosso trabalho durante todo o ano: Estava a ler as notícias do SAPO e salta-me uma coisa interessante à vista...


Com base em imagens de satélite captadas antes e depois do aparecimento da fractura, em Setembro de 2005, cientistas britânicos, norte-americanos e etíopes concluíram que atingiu 8 metros de profundidade em apenas três semanas, ao longo dos seus 60 quilómetros, sendo lentamente preenchida com magma (rocha fundida).
Foram as imagens do satélite Envisat da Agência Espacial Europeia (ESA) que permitiram aos cientistas analisar em primeira mão a evolução deste fenómeno geológico e constatar a sua rapidez.
As observações levaram também os cientistas confirmar que as duas enormes placas tectónicas que formam a África e a Arábia estão a separar-se devido à injecção de magma.
«É claro que a subida de rocha em fusão está a separar a África da Arábia», afirmou o principal autor do estudo, Tim Wright, da Universidade de Leeds.
O processo começou há cerca de 30 milhões de anos, quando uma massa de lava se elevou por debaixo da crosta terrestre e separou a península arábica de África, criando o Mar Vermelho, e levará outros milhões até ficar concluído.
Segundos os cientistas, trata-se de uma das poucas zonas do mundo onde um continente está a ser activamente separado por movimentos em curso nas placas tectónicas, num processo considerado semelhante ao que deu origem ao oceano Atlântico.
O estudo refere que a velocidade de separação das placas tectónicas africana e arábica é semelhante à do crescimento das unhas dos dedos (alguns centímetros por ano).
Como resultado dessa separação de longo prazo, o nordeste da Etiópia e da Eritreia irá destacar-se do resto da África, formando eventualmente um novo oceano.
«Não sabemos ao certo se irá aparecer um novo oceano no local, mas as perspectivas são boas», ironizou Wright. «Bastará deixar passar um milhão de anos».

Porreiro, não é? A Terra já está é a precisar de férias.

quarta-feira, julho 19, 2006

The Hours meets The Simpsons

Antes que comecem a pensar processar-me por imaginação desmedida, devo dizer que as escolhas de guarda-roupa e afins eram muito limitadas. Por isso... não me chateiem! =P



Asphodel, rica! Ainda te hei-de ver de gravata! Pelo menos a saia está porreirita. Ainda gostava de saber que é que andavas a fazer ao pé do bar do Moe...


Melo, bem sei que parece que estou a pensar noutra pessoa para te pôr a tocar guitarra... Mas hey! Era a opção mais cool! É à Roger Waters... o_O;;


Olha a Lunam (e não tem nada a ver com a Sailor Moon -.- )! Só quero aqui rectificar uma coisa: Eu não uso camisas aos quadrados...

Espero que tenham gostado! Obrigado!

domingo, julho 16, 2006

Olha que há coisas....


Tava eu muito bem a beber um café pingado na taberna do Srº Manel, quando entrou uma ovelha Merina muito senhora de si e pediu um descafeinado e uma Frize Tangerina. Lá estava eu muito bem sentada a ler o Correio da Manhã, enquanto a ovelha começa a dizer que ah e tal não tenho dinheiro pra pagar. O srº Manel ficou chateado pois claro que ficou, e então a ovelha disse que podia recitar um poema pra pagar a conta, mas o srº Manel achou isso um bocado rabeta e preferiu pedir um bocado de lã pra fazer umas peugas pra Dona Gertrudes (a prima em 2º grau e esposa do srº Manel) que desde que ela tinha apanhado pé de atleta na adega do Ti Jaquim, que os seus pés arrefeciam muito. A ovelha relutante pegou na Gillete Venus que tinha na mala e cortou um bocado de lã, saindo a praguejar pela taberna a fora. Agora o que me intrigou foi aquilo da Frize Tangerina....

sábado, julho 15, 2006

A Dream Within a Dream

Take this kiss upon the brow!
And, in parting from you now,
Thus much let me avow --
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if Hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.


I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand --
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep -- while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
Is but a dream within a dream.


Edgar Allan Poe, A Dream Within a Dream

sexta-feira, julho 14, 2006

Ai, o calor!

É mais uma daquelas vagas de príncipio de Verão que se faz sentir em toda a sua beleza - ainda ontem dizia ao meu pai que qualquer dia isto ainda vira Marraquexe. Esta coisa do calor é potente: as insolações proliferam e as alucinações surgem quando menos se espera. Por exemplo, esta manhã sonhei com o raio de um urso! No meio do mato! Como se alguma vez tivesse visto um em tal condições, tirando obviamente na televisão. Talvez até tenha sido por ter estado a rever aquele filme dos Brothers Grimm ('He can't hold his ale!' - 'I can't hold me ale!!' Eheheh! O meu bocado de diálogo favorito =P) no outro dia - afinal aparece lá um lobo de todo o tamanho que se põe de pé... no meio do mato -, mas a ideia de culpar o calor parece-me mais apetecível. Assim, como assim, e como a insanidade já parece mesmo andar ao rubro na cabeça das pessoas, fui a um daqueles inúmeros interpretadores de sonhos que existem espalhados pelo vasto oceano que é a internet (se fosse mesmo feito de água, apetecer-me-ia muito mais surfar nele... -_-). Eu sei que estas coisas são as chamadas 'Teorias da Batata' - a Lilas é que sabe; ela é que inventou o conceito; só para a chatear (que é mais ou menos o que faço quase todos os dias...), ela é que manda! - e que também são altamente subjectivas porque cada uma diz uma coisa diferente. E de facto vi muitas e fiz o que toda a gente faz nestes casos: escolhi a que mais me convinha. Assim, aparentemente vou receber uma boa notícia durante o dia. E isto, a juntar com o horóscopo que diz que vou ter uma surpresa enorme, até dá vontade de acreditar nas Teorias da Batata. O que me faz pensar: Se todos os dias sou confrontada com coisas que realmente estão para além do meu nível de compreensão e que me parecem inventadas, porque não levar esta Teoria da Batata a sério? Pode ser que a dita surpresa seja uma frente fria vinda directamente da Noruega. Nesta altura até dava jeito... e se possível com uns bacalhaus à mistura...

terça-feira, julho 11, 2006

Barrow-on-Furness

Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo,
Saiu-me certo, fui elogiado...
Meu coração é um enorme estrado
Onde se expõe um pequeno animálculo

A microscópio de desilusões
Findei, prolixo nas minúcias fúteis...
Minhas conclusões Dráticas, inúteis...
Minhas conclusões teóricas, confusões...

Que teorias há para quem sente
o cérebro quebrar-se, como um dente
Dum pente de mendigo que emigrou?

Fecho o caderno dos apontamentos
E faço riscos moles e cinzentos
Nas costas do envelope do que sou ...


Álvaro de Campos, Barrow-on-Furness IV

sexta-feira, julho 07, 2006

O Horas de outro ponto de vista II

Devo confessar que esta visão me deu um prazer especial. Uma ruborização exacerbada! Uma hiperventilação convulsiva!! Primeiros na lista do google!!! Mas depois lembrei-me que o nome do blog não é tão vulgar quanto isso; e que não deve haver muitos com palavras destas no título. De que raio é que estava à espera? Mesmo assim, sempre aparecemos no google.

quinta-feira, julho 06, 2006

So a word is only a word and nothing more than that should be - Signification is complication and their alma-mater is above me. Words: they can not kill; no more than a look can injure an already wounded mind. Suplicated vows - bespoken by those who, in vain, wander; Vows are spoken and made to be broken. Words may break the silence, but they can do me no harm.

terça-feira, julho 04, 2006

Nas próprias palavras da criatura:

Mais uma vez descobrimos que palhaçada e anarquia não se devem mesmo misturar. Passo a explicar: Vocês lembram-se do Tick, aquele super-herói dos desenhos animados que se vestia de azul, fingia ser uma carraça, mandava chalaças engraçadas como esta da anarquia e tinha a palavra "Colher!!" como o seu brado de guerra? É que eu andava inocentemente à procura de uma imagem do boneco para pôr no messenger e não é que me salta à vista uma coisa totalmente horripilante? E não é que essa coisa horripilante era mesmo uma versão em live-action da tal banda-desenhada? Perante isto meus amigos, eu pensei cá para os meus botões: nestas coisinhas não gosto nada de ser egoísta: Há que partilhar com a malta! Afinal, ver uma traça bem agarradita ao braço de uma carraça musculada é uma das visões mais belas do mundo! Ou se não é, deveria ser! Tenho dito...

sábado, julho 01, 2006

Biba Portugal parte II


Passados 40 anos estamos de novo nas meias finais do mundial! É a p*** da loucura!

Grande Ricardo! Viva o Montijo :p

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