HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

sábado, maio 22, 2010

Seres de Plástico

No outro dia fui ao hipermercado - sabem, aquelas coisas que fazemos de vez em quando... - e como criancinha que parcialmente ainda sou e espero bem continuar a ser, passei pela secção infantil. Gosto muito de fazer isso: gosto muito de olhar para os carrinhos e os puzzles e os Lego e aqueles bonecos para os meninos que são todos, basicamente, feios que nem cornos; e depois gosto de tocar nos pianos dos bebés, pôr as coisas a tocar, e olhar para as Barbies. As Barbies! Sou só eu ou elas transformaram-se numa nulidade? É que quando era miúda elas ainda tinham uma profissão. Eram dubiamente constituídas, com umas pernas grandes de mais para o tronco, uma cintura de quem não tem costelas e uma prateleira que as faria ficar corcundas aos 35. Mas sempre tinham uma profissão. Eram médicas, nadadoras-salvadoras, veterinárias, professoras, provavelmente constructoras das obras, e tinham um amigo Ken a quem tinham feito uma vasectomia altamente complicada. Agora só vejo sereias e princesas e todas aquelas coisas que as miúdas nunca poderão ser. Enfim, talvez seja alguma nova mentalidade que não compreendo, talvez esteja a ficar velha. Acredito sinceramente que não há gerações rasca, e que em todas elas se encontram jovens de valor. Mas sempre gostava que as Barbies voltassem a ser o que eram: bonecas com emprego, daquelas que não precisam de casar com um Ken mais velho para lhe sacarem a fortuna depois de morto. Tenho dito. Assim é que devia ser.

segunda-feira, maio 10, 2010

Ideias em Corrente

Como cortar com um vício? Bem, não sei. Lembro-me que quando tinha cerca de 10 anos e roía as unhas até ao sabugo, dei por mim a pensar, "A partir de agora vou deixar de o fazer!" E deixei. Naquela tarde cortei as unhas rente, passei a cortá-las sempre que cresciam, e como já não havia nada para roer, deixei de o fazer. Hoje consigo ter as unhas compridas por muito tempo se assim o quiser, basicamente até elas se partirem. Porque é que uma miúda de 10 nos haveria de ter uma ideia destas? Não sei bem, acho que me lembro de ouvir alguém dizer que roer as unhas fazia mal à saúde.
Mas porque é que me lembrei disto agora? Não sei bem. A minha cabeça funciona assim, qualquer gesto, qualquer palavra faz-me lembrar coisas destas, como se o meu cérebro funcionasse por pontos de referência. Lembrei-me disto quando esta manhã pus o relógio no pulso, relógio que deixei de usar durante uns anos porque tinha o vício de olhar para ele sem ver as horas. Hoje sou capaz de usá-lo normalmente, e mesmo quando estou atrasada raramente me lembro que o tenho. Por isso, para mim, as palavras "vício", "unhas" e "relógio" estarão sempre interligadas.
Lembram-me de dependências, e de como não devemos estar dependentes de coisas parvas. Obviamente que aqui estamos apenas a falar de roer as unhas e olhar para relógios, mas também serve para relembrar que se temos força de vontade para umas coisas, em princípio, também teremos para outras.

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