Pensamento da Noite

Man is born to trouble, as the sparks fly upward.

Job 5:7

Lá porque uma pessoa não é religiosa, não quer dizer que não goste de pedaços da Bíblia...

Mouth & Jaw

Miau!

Isto é... hmm, altamente fofo! É essa a expressão certa!

É Outubro

Mês do Halloween, e como tal temos a nossa abóbora maquiavélica de volta. Portanto podem começar a resmungar como no ano passado: que isto não passa de uma tendência para americanizar as coisas; que é só um feriado comercial que a sociedade capitalista nos tenta impôr para gastarmos dinheiro (se dissesse que penso o mesmo do dia dos namorados iriam acreditar?). Basicamente podem dizer tudo e mais alguma coisa que ela vai continuar aqui. E porquê? Porque é gira; porque a sopa de abóbora faz bem à saúde; porque se não formos parvos antes dos trinta já ninguém nos deixa ser naturalmente, sem nos olharem de lado; porque isto não passa de um dia que só por acaso é divertido; porque se festejássemos o Saint Patrick's day, ninguém diria que estávamos a irlandizar as coisas; e principalmente porque nos apetece. Muito obrigado! =]

Centrifugadoras do Demo

Lá continuo a ler o livro que comprei sobre Lavoisier - é pequeno mas sou uma slow reader - o qual se tem mostrado bastante interessante. Tirando aquela coisa de se pôr a queimar diamantes em público (e depois queixa-se de ter ido parar à guilhotina...) com umas lentes enormes, o senhor dispunha de um verdadeiro arsenal de instrumentos científicos, que ia desde balanças extremamente calibradas a coisas para as quais, apesar de virem bem descritas no livro, não consigo mesmo arranjar uma imagem mental. Só sei que eram eficazes e que por exemplo, se Scheele as pudesse pagar, provavelmente seria mais famoso que Lavoisier. Mas não podia e foi no que deu. Nota-se também que o homem adorava os seus instrumentos de trabalho, o que é palpável só pela forma como os descreve. Pessoalmente, não tenho assim nenhum carinho especial por coisas destas, mas tenho um ódio de estimação no que toca a centrifugadoras. E porquê? Primeiro porque são hipnotizantes - aquela treta roda que é uma coisa parva e faz um barulho ainda mais chato que uma máquina de lavar a torcer (realmente, o príncipio é o mesmo). Segundo, porque quando estão mal equilibradas, conseguem dar voltas de 360 graus como se fossem uma coisa saída do Exorcista. Experimentem estar sozinhos num laboratório às 7h da noite, tudo escuro lá fora, de repente ouvem um barulho e quando vão ver está uma centrifugadora a andar sozinha como se fosse uma torradeira do Vigo dos Cárpatos. Chamem os Caça-Fantasmas porque é assustador. Centrifugadoras do Demo...

Still I Rise

You may write me down in history

With your bitter, twisted lies,

You may trod me in the very dirt

But still, like dust, I'll rise.

Does my sassiness upset you?

Why are you beset with gloom?

'Cause I walk like I've got oil wells

Pumping in my living room.

Just like moons and like suns,

With the certainty of tides,

Just like hopes springing high,

Still I'll rise.

Did you want to see me broken?

Bowed head and lowered eyes?

Shoulders falling down like teardrops.

Weakened by my soulful cries.

Does my haughtiness offend you?

Don't you take it awful hard

'Cause I laugh like I've got gold mines

Diggin' in my own back yard.

You may shoot me with your words,

You may cut me with your eyes,

You may kill me with your hatefulness,

But still, like air, I'll rise.

Does my sexiness upset you?

Does it come as a surprise

That I dance like I've got diamonds

At the meeting of my thighs?

Out of the huts of history's shame

I rise

Up from a past that's rooted in pain

I rise

I'm a black ocean, leaping and wide,

Welling and swelling I bear in the tide.

Leaving behind nights of terror and fear

I rise

Into a daybreak that's wondrously clear

I rise

Bringing the gifts that my ancestors gave,

I am the dream and the hope of the slave.

I rise

I rise

I rise.

Maya Angelou

Há momentos embaraçosos...

... daqueles que nos fazem gaguejar e subir o sangue à cabeça; e depois há Momentos Embaraçosos daqueles em que entramos num café onde não conhecemos ninguém, mas aparentemente já toda a gente nos conhece. As pessoas que gostam de nós comentam, falam e depois temos uns quantos pares de olhos a fixarem-nos e a pensar: Shish... não era nada como eu pensava... Que fazer quando a expectativa criada não equivale à realidade? Provavelmente arranjar um lugar ao pé da janela, sentarmo-nos, agarrarmo-nos disfarçadamente à mesa, pedir um café e fixar o olhar num ponto do exterior enquanto se bebe. Recordações avisam-nos que mesmo conhecendo uma pessoa em carne e osso, é sempre impossível não criar uma imagem mental da dita cuja; e que talvez seja por isso que existem tantas desilusões na vida - no final muito pouco corresponde à realidade. No final do café, reparamos que podemos ser o que quisermos, porque afinal ninguém nos conhece. Afinal que seria de nós sem o desconhecido?

Paisagens Outonais

Adoro o Outono: torna-se tudo tão amarelo, laranja e vermelhinho. É como receber uma pontinha de calor no meio dum vento frio. O que, sabem... é confortável.