Hoje de manhã saí muito cedo

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

Alberto Caeiro

E lá estava eu a mirar aquele placard com fotografias autografadas dos DZRT e a lembrar-me que na idade dela tinha posters do último Achtung Baby dos U2 e outro dos Nirvana a enfeitarem-me o quarto. Ali, na meia luz daquele quarto que não o meu, ouvi a minha prima, já não tão pequena como eu pensava, a perguntar-me quantos anos tinha. Quase 23, foi o que lhe disse; e saciada a curiosidade e recomposta do espanto, a miúda respondeu-me com uma gargalhada um bocado histérica. Já és velha, começou a gritar, já devias estar num lar. Que é que uma pessoa faz numa situação destas? Nada... Ri-se. E depois conta a toda a gente para que riam de nós; porque se já conseguimos rir de nós próprios não nos importamos que os outros se riam também. Raio dos putos têm sempre a mania que sabem tudo...

Olha a pedra deste ano!

É que vá-se lá saber porquê tenho sempre a mania de trazer para casa um calhau que encontro durante as férias. Este ano, lá andava eu a nadar, mergulhei para ver melhor as rochas que estavam debaixo de água e que vejo eu: esta pedra fora do vulgar. Claro está, tive que ir buscá-la.

Desculpem a má qualidade da imagem, mas o raio da webcam... Tive também a oportunidade de navegar num veleiro - e devo dizer que puxar velas dá cabo dos braços a uma pessoa - e que contrariamente ao que estava a pensar, o barco não balançou muito enquanto esteve vento; o pior foi quando este parou. Mas nada de crises, andar de barco é quase o pãozinho de cada dia e uns abanões já mal se sentem. Juntamente com isto, cheguei a uma daquelas conclusões horríveis às quais acabo sempre por chegar nas férias: quando uma pessoa se senta de manhã a ver televisão e sente falta do Espaço 1999, do Soap e do MASH (que basicamente passam na tv cabo de manhã como reposições de séries dos anos 70 que são) é porque algo de mal se passa com a televisão portuguesa. Tirando o canal 2...

Nunca fui daquelas pessoas que se queimam facilmente. Estou a falar de um dia de praia, obviamente. Sempre fui branquinha e avessa a causar dor - especialmente se for a mim própria: é melhor prevenir que remediar tornou-se um dos lemas favoritos. Acho, sinceramente, que dois ou três dias sem me conseguir mexer e o risco da propagação de um cancro da pele não vale um bronzeado; e entre lulas e lagostas, é melhor lulas... que as lagostas andam muito caras. Mesmo assim gosto da praia: dos cheiros, dos sons, de sentir o contacto da areia na pele e o vento na cara; gosto da frescura da água e do calor do sol. Mas isso, é como toda a gente: em qualquer ponto da nossa vida, todos nós acabamos por gostar da praia.

Do it!

Haha! Estava desejosa por fazer um post com um vídeo do YouTube! Enfim... Este fim-de-semana, ao rever aquele filme do Starksy & Hutch, pensei cá para mim: "Como é que me pude esquecer do 'Do it!' guy?". Toda aquela coisa do "Do it! Come on! Do it! Do it!" faz-me rir até não poder mais (ya... acho que o Ben Stiller tem piada; críticos de cinema, processem-me...). Andei à procura dessa cena no YouTube mas acabei por encontrar isto: