HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

sábado, maio 22, 2010

Seres de Plástico

No outro dia fui ao hipermercado - sabem, aquelas coisas que fazemos de vez em quando... - e como criancinha que parcialmente ainda sou e espero bem continuar a ser, passei pela secção infantil. Gosto muito de fazer isso: gosto muito de olhar para os carrinhos e os puzzles e os Lego e aqueles bonecos para os meninos que são todos, basicamente, feios que nem cornos; e depois gosto de tocar nos pianos dos bebés, pôr as coisas a tocar, e olhar para as Barbies. As Barbies! Sou só eu ou elas transformaram-se numa nulidade? É que quando era miúda elas ainda tinham uma profissão. Eram dubiamente constituídas, com umas pernas grandes de mais para o tronco, uma cintura de quem não tem costelas e uma prateleira que as faria ficar corcundas aos 35. Mas sempre tinham uma profissão. Eram médicas, nadadoras-salvadoras, veterinárias, professoras, provavelmente constructoras das obras, e tinham um amigo Ken a quem tinham feito uma vasectomia altamente complicada. Agora só vejo sereias e princesas e todas aquelas coisas que as miúdas nunca poderão ser. Enfim, talvez seja alguma nova mentalidade que não compreendo, talvez esteja a ficar velha. Acredito sinceramente que não há gerações rasca, e que em todas elas se encontram jovens de valor. Mas sempre gostava que as Barbies voltassem a ser o que eram: bonecas com emprego, daquelas que não precisam de casar com um Ken mais velho para lhe sacarem a fortuna depois de morto. Tenho dito. Assim é que devia ser.

2 Comments:

Blogger Kyssiane Oliveira said...

E concordo também sou desse tempo, ou melhor ainda alcancei esse tempo em que elas tinham profissão, hoje em dia ele elaboram mais pensando mo mundo mágico com magia e tudo mais. O que falta hoje em dia nas pessoas é realidade, pode vê que tudo leva para um lado fantasioso da coisa..
Um beijao gostei do seu blog

quarta-feira, 09 junho, 2010  
Anonymous Anónimo said...

OI, ANA, SOU ALIRA, BRASILEIRA, E ACHEI INTERESSANTE SEU POST.
cRIANÇA EM PAÍS DE TERCEIRO MUNDO, NÃO CONHECI BARBIE, SÓ AGORA ADULTA É QUE COMPRO PARA MINHAS FILHAS.EU COMPREI UMA BARBIE VETERINÁRIA A UNS QUATRO ANOS, MAS POR AGORA SÓ SE VÊ SEREIAS E PRINCESAS, AINDA NÃO COMPREI NENHUMAS DELAS, MESMO PORQUE MINHAS FILHAS ACABARM POR ARRANCAREM AS ROUPAS DELAS E FICAM A INVENTAREM OUTRAS VESTES, OUTRAS HISTÓRIAS.
MAS ESSA VALORIZAÇÃO DAS COISAS SURREAIS EM DETRIMENTO DA REALIDADE É MESMO PREOCUPANTE E VOCE FOI MUITO SENSÍVEL EM NOTAR ISSO NOS SERES DE PLASTICOS...
EU SEMPRE LIDEI COM A REALIDADE, AS VEZES MINHAS BONECAS ERAM CAROÇOS DE FRUTAS OU ALGO QUE SE PUDESSE ENROLAR UM PANINHO E BRINCAR( QUERIDOS TEMPOS)
E POR ISSO ESSA ANALOGIA ME SERIA DIFICIL.
ATÉ, MAIS.

quarta-feira, 16 junho, 2010  

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