Diário de uma viagem de verão by Melo

Tudo começou as 22h00 do dia 31 de Julho, pegámos no carrito e lá fomos nós com o objectivo de chegar a Barcelona, saindo de Portugal na fronteira em Elvas e revezando-nos na condução chegamos pela hora de almoço. Tivemos por lá 2 dias, corremos a cidade de uma ponta à outra e deixei-me que vos diga é uma cidade extraordinária, com um ambiente fantástico e muita cultura.
Após esta 1ª paragem, seguimos então rumo à capital do império, correndo as estradas da Europa pelo sul de França e pela bela Cote d’Azur entramos em Itália, furando os Alpes Italianos por túneis e viadutos intermináveis, era noite quando decidimos parar em Piza pra pernoitar, no dia seguinte de manhã visitamos Piza e a sua famosa torre inclinada e respectiva catedral.
Deixando Piza para trás, continuamos viagem, chegando então ao objectivo principal Roma, lá ficamos 4 dias. Cidade antiga e enorme, com muito para visitar e percorrer, inúmeras catedrais e igrejas, lendas e mistérios de santos e ruínas, impérios esquecidos. Fantástica cidade que conta com a nação mais pequena do mundo o Vaticano, da capela sistina à praça de São Pedro e sua basílica, aos seus museus, obras de arte, à magnífica Pietá, tudo é deslumbrante.
Seguimos viagem de volta ao 4º dia em Roma, ficando para trás o colossal coliseu romano e as ruínas de Roma antiga, a beleza da fonte de Trevi, a famosa escadaria da Praça de Espanha, os obeliscos egípcios, o enorme e velho Panteão romano, as histórias sobre São Pedro, as magnificas ruas e ruelas, praças e pracetas, o caótico e confuso trânsito romano; de volta passamos ao lado de Florença (deu pra espreitar ao longe a cúpula da catedral), depois paramos no Mónaco para apreciar a vista e fomos pernoitar em Arles, no sul de França perto de Nîmes. Partimos de manhã, chegando a Andorra e à sua capital Andorra a Velha ao início da tarde, demos logo de caras com um hotel e restaurante português e que bom que soube comer comidinha portuguesa por um dia, Andorra a Velha é muito bonita fica num vale no meio dos Pirinéus, composta por uma comprida e fina avenida rodeada de lojas de tudo e mais alguma coisa, pois Andorra é dos países mais baratos da Europa, vive essencialmente do turismo e do comércio.
Partimos de Andorra no dia seguinte chegando ao penúltimo destino Lourdes, cidade religiosa de França perto dos Pirinéus, uma zona bonita muito verde, de encontro da fé cristã e não só, com a sua basílica em honra à Imaculada Concepção e onde ao lado se encontra a fonte de água que nasceu na gruta onde a Santa Bernardette viu Nossa Senhora.
Após esta pequena visita seguimos pelo País Basco, passando perto de San Sebastian e Bilbao, ficando a pernoitar em Burgos. No dia seguinte continuamos viagem parando em Salamanca, uma cidade espectacular com um centro muito vivo cheio de história, monumentos e claro a famosa Universidade de Salamanca, com uma fachada admirável e vistosa. Este foi o nosso último passo entramos em Portugal por Vilar Formoso, eram umas 18h do dia 10 de Agosto, ficando por Viseu.
Foi uma viagem de 10 dias onde percorremos 8 países, isto é, se contarmos com o País Basco, ou seja, Espanha, França, Mónaco, Itália, Vaticano, Andorra, País Basco e claro Portugal, onde muito ainda fica para contar, mas isso é outra história.

Estou a pensar pôr umas fotos mais tarde ou aqui, ou no meu site www.melooffice.com.sapo.pt

Night Thoughts

Before my bed, clear moonlight
Frost on the floor?
Raising head, I gaze on the moon
Bowing head, I think of my own country.

Li Po (aka Li Bai)

Imagens de Praga II

Imagens de Praga

Um dos meus irmãos foi passar uns diazitos a Praga e como leitor assíduo que é do nosso blog, deu a sugestão de deixar aqui algumas das fotos que conseguiu tirar desta bela cidade: É mais que óbvio que nenhuma delas lhe faz verdadeira justiça; também é óbvio que tudo isto não passa de um plano bem estudado de alguém que lá bem no fundo, tem a mania que sabe fazer trabalho de inteligência aka espionagem - era proibido tirar fotos em quase todo o lado - mas alas! as regras foram feitas para serem contestadas e a autoridade para ser combatida. Prometo pôr aqui mais qualquer coisa - nem que seja o belo do Dodo do museu da História Natural de Praga, pelo qual ele ficou totalmente fascinado - não tivéssemos sido nós, portugueses duma figa, a extinguir o pobre animal... Por agora contentem-se a apreciar quatro dos cenários mais bizarros de Praga.

The Love Unfeigned

O yonge fresshe folkes, he or she,

In which that love up groweth with your age,

Repeyreth hoom from worldly vanitee,

And of your herte up-casteth the visage

To thilke god that after his image

Yow made, and thinketh al nis but a fayre

This world, that passeth sone as floures fayre.

And loveth him, the which that right for love

Upon a cros, our soules for to beye,

First starf, and roos, and sit in hevene a-bove;

For he nil falsen no wight, dar I seye,

That wol his herte al hoolly on him leye.

And sin he best to love is, and most meke,

What nedeth feyned loves for to seke?

Geoffrey Chaucer

O Pavão

- Que esmeraldino esplendor! Que belo meio-tufo... nem sei que lhe chamar. Que cauda! Nunca admirei uma magnificência tão extrema e delicada! Uma ave macho, está-se a ver. - Ficou a acariciar as brilhantes penas, a longa cauda - Terás alguma vez meditado sobre o sexo, meu caro? - perguntou.

- Nunca. O sexo nunca me entra na cabeça.

- A carga do sexo, quero eu dizer. Esta ave, por exemplo, está fortemente carregada; direi mesmo sobrecarregada. Dificilmente poderá voar ou fazer as suas voltas diárias com o fito do prazer, embaraçado por este metro de cauda e toda esta superestrutura. Todos estes atavios têm uma única função: convencer a fêmea a ceder às suas importunidades. Como o pobre galo deve ficar em brasa se estas cores são, como presumo que sejam, um índice de ardor.

- Ora aí está um solene pensamento.

- Contudo, se ele fosse um capão, a sua vida seria muito mais fácil...