HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

sábado, maio 28, 2005

Yummi II

Que é que querem? É a época da fruta... -.-

quinta-feira, maio 26, 2005

Ideias soltas

É horrivel quando temos a mente cheia de ideias soltas. Uma história completa desliza-nos pela cabeça...
Okay! Muito bem... Lá está bem nítido: o príncipio! Também o meio; finalmente o fim. Temos um propósito; sabemos a linha de pensamento que queremos seguir; as palavras que gostaríamos de escrever; as acções que esperamos conseguir passar! Até conseguimos criar personagens boas, com algo de fantástico mas extremamente reais - uma intrincada complicação de virtudes e defeitos; como quem diz, uma tentativa terrivelmente frustrada de criar um novo Stephen Maturin - como se tal fosse possível.
Okay! Caí no exagero. Admito! Isso seria impossível. Jamais tive acesso a personagem tão bem construída como este digno senhor, e copiá-lo seria um plágio. Mas a essência a demonstrar deverá ser a mesma. A mesma realidade; a mesma mente inocente mas ao mesmo tempo capaz das piores preversidades; uma castidade completamente adulterada; uma secrecidade natural que pretende passar por profissional.
À noitinha é ainda pior! Ao deitar-se na almofada, a cabeça começa a trabalhar em diálogos imaginários; em situações plausíveis de serem vividas por seres humanos reais. Devíamos nascer com um PC incorporado, pois quando acordamos esquecemos parte das ideias soltas que tivemos antes de adormecer.
Hoje li excertos de uma história que escrevi à cerca de dois ou três meses atrás. Tinha muitas ideias soltas e só há pouco tempo decidi começar a escrevê-las. Como não sabia por onde começar, decidi-me pelo príncipio. Sei como quero acabá-la, mas desconheço ainda o meio. É estranho que a história que escrevo agora nada tenha em comum com o que pensava que iria escrever à dois meses atrás.
E no entanto... tudo se encontra nas entrelinhas: os personagens são diferentes, encontram-se noutro lugar, noutra situação, mas é a mesma essência. No fundo, um Stephen completamente renovado, diferente mas com a mesma força de carácter, adaptado intrinsecamente ao que é pedido.
É difícil arrumar ideias soltas. Devia apontá-las todas porque com o passar do tempo acabo por esquecê-las... Mas quem sabe se não virão a servir para outras coisas.

segunda-feira, maio 23, 2005

Yummi...

sexta-feira, maio 20, 2005

Miragens

Chamem-me Ismael. Há alguns anos, quantos ao certo, não importa, com pouco ou nenhum dinheiro na bolsa, e sem nada de especial que me interessasse em terra, veio-me à ideia meter-me num navio e ver a parte aquática do mundo. É uma maneira que eu tenho de afugentar a melancolia e regularizar a circulação. Sempre que na minha boca se desenha um esgar carrancudo; sempre que me vai na alma um Novembro húmido e cinzento; sempre que dou comigo a deter-me involuntariamente em frente das agências funerárias ou a engrossar o séquito de todos os funerais com que me deparo; e, especialmente, sempre que me sinto invadido por um estado de espírito de tal maneira mórbido, que só os sólidos princípios morais me impedem de descer à rua com a ideia de arrancar metodicamente os chapéus a todos os transeuntes; nessa altura, dou-me conta que está na hora de me fazer ao mar, quanto antes. Catão lança-se sobre a espada com um floreado filosófico; eu, calmamente embarco. Nada há de surpreendente nisto. Embora não se dêem conta, tal como eu, quase todos os homens acalentam, mais tarde ou mais cedo, este desejo de mar.
Moby Dick, Miragens
Herman Melville

segunda-feira, maio 16, 2005

Já só faltam 2 dias!! :D

Luke, I am your father...
NOOOOOoooooooooooooo!!!!!

domingo, maio 15, 2005

A passagem da Companhia Cinzenta

Quase parece impossível que tenha feito citações de tudo e mais alguma coisa neste blog menos de Tolkien. Depois de quase dois anos a frequentar um fórum dedicado à mitologia da Terra-Média, parece-me agora incorrecto que não me tenha despedido de ninguém, no momento em que decidi reduzir a minha presença a aparecimentos esporádicos, somente para dizer "olá" ou para pedir opiniões sobre inklings. Por isso, este post é para todos aqueles que conseguiram distrair-me nas minhas horas livres - tanto gente de outros países como os belos dos portugas. Não é de longe a minha passagem favorita, mas pareceu a mais adequada. Fiquem bem pessoal! ;)

Quando a luz do dia já alastrava no céu mas o Sol ainda não subira acima das altas serranias do Leste, Aragorn preparou-se para partir. A sua companhia estava toda montada, e ele próprio ia saltar para a sela, quando a Dama Éowyn apareceu para se despedir deles. Vestia como um cavaleiro e cingia uma espada. Trazia na mão uma taça que levou aos lábios e da qual bebeu um pouco, para lhes desejar boa viagem. Depois estendeu a taça a Aragorn, que bebeu também e disse:
- Adeus, Senhora de Rohan! Bebo pela felicidade da tua Casa, pela tua e pela de todos o teu povo. Diz ao teu irmão que talvez nos reencontremos para lá das sombras.
Gimli e Legolas que estavam perto, tiveram a impressão de que ela chorava, coisa que lhes pareceu ainda mais triste por se tratar de uma pessoa tão severa e altiva. Mas ela perguntou:
- Aragorn, irás?
- Irei.
- E não me deixarás cavalgar com esta companhia, como pedi?
- Não, Senhora, não deixarei. Não poderia fazê-lo sem a autorização do rei e do teu irmão, e eles só regressam amanhã. Agora conto todas as horas, ou melhor, todos os minutos. Adeus!
Então ela caiu de joelhos e exclamou:
- Suplico-te!
- Não, Senhora - repetiu, ao mesmo tempo que lhe pegava na mão e a levantava.
Em seguida beijou-lhe a mão, saltou para a sela e partiu sem olhar para trás. Só aqueles que o conheciam bem e estavam perto dele compreenderam a dor que sentia.
Mas Éowyn ficou imóvel como uma estátua de pedra, com as mãos cerradas aos lados do corpo, e os seus olhos seguiram-nos até desaparecerem nas sombras das faldas da negra Dwimorberg, a Montanha Assombrada, na qual ficava a Porta dos Mortos. Quando os perdeu de vista, virou-se a tropeçar como se estivesse cega, e voltou para casa. Ninguém do seu povo assistiu àquela despedida, pois esconderam-se todos com medo e só reapareceram depois de bem nascido o dia e de estarem longe os temerários estrangeiros.
E houve quem dissesse:
- São espectros élficos. Deixai-os ir para onde lhes compete, nos lugares escuros, para nunca mais voltarem. Os tempos já vão tão maus!...

A passagem da Companhia Cinzenta,
O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei,
J.R.R. Tolkien

sexta-feira, maio 13, 2005

Wish You Were Here

Asphodel! Desculpa lá, ter-te posto esta música na cabeça. Como prometido, aqui está a letra. Se a decorares também, podemos fazer um coro! Que achas? =D

So, so you think you can tell
Heaven from Hell,
blue skies from pain.
Can you tell a green field
from a cold steel rail?
A smile from a veil? Do you think you can tell?

And did they get you trade
your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
a walk on part in the war for a lead role in a cage?

How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls swimming in a fish bowl, year after year,
running over the same old ground. What have we found?
The same old fears, wish you were here.

quinta-feira, maio 12, 2005

Saudade

Ao ouvir a chuva cair incessantemente lá fora, enquanto estendida na minha cama, apercebi-me da fragilidade do meu ser sem ti a minha volta. Emergi num mundo de pesadelos que desafiavam as minhas mais profundas crenças. Mas acordei imune. Sonhei contigo a segurar meu braço e susurrar que precisas de mim. Envolvi-me em mil devaneios para acordar de novo aqui... Agarrei a ténue lembrança da tua voz e esqueci a noite lúgrebe que persistia no som da chuva a cair. Acordei para viver por ti, e para ti me deitei na noite com a dor de não te ter aqui.

quarta-feira, maio 11, 2005

Ode to the West Wind

(...) For whose path the Atlantic's level powers
Cleave themselves into chasms, while far below
The sea-blooms and the oozy woods which wear
The sapless foliage of the ocean, know
Thy voice, and suddenly grow gray with fear
And tremble and despoil themselves:—O hear!

If I were a dead leaf thou mightest bear;
If I were a swift cloud to fly with thee;
A wave to pant beneath thy power, and share
The impulse of thy strength, only less free
Than thou, O uncontrollable!—if even
I were as in my boyhood, and could be
The comrade of thy wanderings over heaven,
As then, when to outstrip thy skiey speed
Scarce seem'd a vision,—I would ne'er have striven
As thus with thee in prayer in my sore need.
O lift me as a wave, a leaf, a cloud!
I fall upon the thorns of life! I bleed!
A heavy weight of hours has chain'd and bow'd
One too like thee—tameless, and swift, and proud.

Make me thy lyre, ev'n as the forest is:
What if my leaves are falling like its own!
The tumult of thy mighty harmonies
Will take from both a deep autumnal tone,
Sweet though in sadness. Be thou, Spirit fierce,
My spirit! be thou me, impetuous one!
Drive my dead thoughts over the universe,
Like wither'd leaves, to quicken a new birth;
And, by the incantation of this verse,
Scatter, as from an unextinguish'd hearth
Ashes and sparks, my words among mankind!
Be through my lips to unawaken'd earth
The trumpet of a prophecy! O Wind,
If Winter comes, can Spring be far behind?

275, Ode to the West Wind,
The Golden Treasury,
P. B. Shelley

segunda-feira, maio 09, 2005

Piggy!!!

domingo, maio 08, 2005

Sabem aqueles momentos...

... aqueles momentos em que estão sentados a olhar para nada em especial - para a televisão, para um quadro ou até para uma nua parede; para um écran de computador... -; quando não estão a pensar em nada, a cabeça parece tão vazia como o espaço; e de súbito têm uma estranha ideia que parece fazer mais sentido que a vida? Do nada aparece uma súbita revelação, totalmente lógica e desprovida de contestação; inteligente e intituiva; até parece estúpido nunca se terem lembrado de uma coisa assim - como poderião não tê-lo feito se é tão vulgar, tão essencial à própria existência, tão... básico! É uma necessidade que sempre tiveram mas que nunca conseguiram exprimir, encontrar ou dominar. Algo sobre o qual se debruçaram durante tanto tempo e que agora parece tão simples e ao mesmo tempo peculiar; uma resposta a uma pergunta que não conseguiam responder... São engraçados, esses momentos; e raramente acontecem... Mas por vezes, lá vamos tendo uma ponta da sorte.

sexta-feira, maio 06, 2005

Pois...

Sim, eu sei! Que mais se poderia esperar? Nada, suponho. E no entanto, havia algo em mim que me fazia pensar que... Quer dizer, acreditava mesmo que até não era impossível! Fogo... que cena tão estranha. As coisas que conseguem passar pela cabeça de uma pessoa! Coisas sem nexo nenhum! Chega a meter dó. Não é dó... é mesmo peninha... Essa é que é essa! O que quero dizer é: Merda para tudo isto...

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