HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

quarta-feira, março 29, 2006

Anona Reticulata

Sabem, aqueles frutos verdes em forma de coração extremamente docinhos? Adorava-os quando era miúda. Apareciam muitas vezes cá em casa porque a minha mãe costumava comê-los às carradas nos Açores. Talvez ver uma coisa tão simples mas familiar fosse um modo de matar um pouco de saudade. Apesar de hoje em dia os achar mais enjoativos, ainda continuam a proporcionar uma óptima sensação: uma polpa que se desfaz, caroços grandes e lisinhos... Quando vi esta imagem não consegui resistir-lhe.

segunda-feira, março 20, 2006

Um dia na minha vida


Hoje quero andar pela Lisboa velha, ao sabor da chuva debaixo do meu guarda-chuva roxo. Quero sentir o cheiro a terra molhada, do jasmim intenso que do jardim escondido se escapa. Quero sentir o cheiro a livros velhos, tocar nesse papel tantas vezes já tocado e sentir as alegrias, tristezas, risos e todas as emoções que dele afloraram. Quero passear contigo sob o céu cinzento e rodeada do verde intenso molhado. Quero sentir o teu beijo na minha face a tua carícia que me afaga. Está a chover e estou apaixonada...

domingo, março 19, 2006

Death or life or life or death
Death is life and life is death
I gotta use words when I talk to you
But if you understand or if you don't
That's nothing to me and nothing to you
We all gotta do what we gotta do

T. S. Eliot, Sweeney Agonistes

quinta-feira, março 16, 2006

As coisas que encontro de vez em quando...

At the beginning of his account of the Maltese annelids he noticed that her bosom was heaving. He knew very well that it was not heaving for him but he did not realize that grief was the cause until he reached the bizarre mating habits of Polychaeta rubra, when to his intense embarrassment and distress he saw tears coursing down her cheeks. His exposition faltered; their eyes met; she gave him a painfully artificial smile and then her chin trembled and she broke into passionate weeping at last.
He took her hand, saying meaningless comforting words: for an instant she was on the point of snatching it away but then she clung hard and between her sobs she said 'Must I go down on my knees? How can you be so hard? Cannot I make you love me?'
He did not answer until she was calmer, and then said 'Of course you cannot. How can you be so simple, my dear? Surely you must know that these things are reciprocal or they are nothing. It is not possible that you should be enamoured of my person. You may have kindly feelings for me - I hope so, indeed - but as for love or desire or anything of a stronger nature, sure there is not a breath of it in you.'
'Oh but there is, there is! And I will prove it.'
'Listen,' he said firmly, patting her knee with an authoritative hand, 'I am a medical man, and I know for a fact that you are quite unmoved.'
'How can you tell?' she cried, blushing violently.
'Never mind. It is a fact; and I can measure the degree of your indifference by the strength of my own desire. Believe me, believe me, I do most ardently wish to enjoy the last favours, to possess you, as people so absurdly say; but not on those terms.'
'Not at all?' she asked, and when he shook his head she wept even more bitterly; but still she clung to his hand as if it were her only anchor. She made no coherent reply when he said 'It is clear that you wish me to do something of a particular nature. For a woman of your kind to propose such a sacrifice it must be unusually important and certainly most confidential. Will you tell me now what it is?'
All he could gather from her disconnected words was that she could not - she dared not - it was too dangerous - there was nothing to tell.

quarta-feira, março 15, 2006

Ora vamos lá divulgar a Química!

Porque afinal, aqui somos todos químicos - embora por vezes não pareça -; e que melhor forma de o fazer, senão falando de uma das suas figuras mais emblemáticas? Sir Humphry Davy, mais conhecido por pai da electroquímica (essa bela ciência, que sinceramente não me agrada muito...), nasceu numa pequena cidade portuária da Cornualha no ano de 1778. Teve sorte: veio ao mundo na época do Iluminismo e das Explorações! Sendo inatamente dotado de uma inteligência fora do comum, tirou partido de tudo quanto lhe ensinavam. Aos 16 anos tornou-se ajudante do médico local; e como naquela época um médico tinha que perceber de tudo e mais alguma coisa, interessou-se sobretudo pela parte química da coisa. Em 1798 deixou este trabalho e mudou-se para um laboratório medicinal em Bristol, descobrindo aí os efeitos do óxido nitroso (o chamado gás hilariante; Davy era viciado no dito gás...) e recomendando-o como um anestesiante. Como na altura, mais tarde ou mais cedo, todos os homens inteligentes iam parar à Royal Society, Davy tornou-se rapidamente conhecido na comunidade científica; era jovem, bem-parecido e bom orador, o que obviamente chamava a atenção dos demais. Apenas aos 24 anos, tornou-se professor de química no Royal Institution. Ao todo, descobriu seis novos elementos incluindo o sódio e o potássio, utilizando uma pilha que Alessandro Volta inventara em 1800. Estudou assim o processo de electrólise de sais e as energias envolvidas no processo. Em 1813, tomou também ao seu cuidado um jovem assistente de nome Michael Faraday (conhecem-no de algum lado?). Ainda neste ano, e apesar da guerra que lançava a Inglaterra e a França uma contra a outra, Davy foi a Paris receber uma medalha pelo seu trabalho, dada pelo não menos conhecido Napoleão Bonaparte (guerra e ciência não se misturavam lol); assim nasceu uma verdadeira parceria entre Davy e Gay-Lussac - desta parceria, surgiu o Iodo. Em 1815 revolucionou o conceito de ácido-base (hoje em dia desactualizado); e em 1824 arranjou uma forma de diminuir a corrosão do cobre dos navios. A ideia não vingou - os navios ficavam mais lentos... Por esta altura, com a morte de Sir Joseph Banks (o tão famoso botânico que acompanhara James Cook numa das viagens do Endeavour), já Sir Humphry Davy se tinha tornado presidente da Royal Society. Morreu em 1829, em Genebra, vítima da inalação prolongada dos gases com os quais trabalhou durante anos. E quanto a vocês não sei, mas morrer depois de contribuir tanto para o conhecimento do mundo, parece-me uma boa forma de morrer...

sexta-feira, março 10, 2006

Once again The Jukebox (tem que se começar a contar)...

Já me tinha esquecido do quanto gostava desta canção =P

What started as a whisper
Slowly turned into a scream
Searching for an answer
Where the question is unseen
I don’t know where you came from
And I don’t know where you’ve gone
Old friends become old strangers
Between the darkness and the dawn

Amen omen
Will I see your face again
Amen omen
Can I find the place within
To live my life without you

I still hear you saying
All of life is a chance
And is sweetest
When at a glance
But I live a hundred
Lifetimes in a day
But I die a little
In every breath that I take

Amen omen
Will I see your face again
Amen omen
Can I find the place within
To live my life without you

I listen to a whisper
Slowly drift away
Silence is the loudest
Parting word you never say
I put your world
Into my veins
Now a voiceless sympathy
Is all that remains

Amen omen
Will I see your face again
Amen omen
Can I find the place within
To live my life without you


Amen Omen, Ben Harper

quarta-feira, março 08, 2006

Hoje de manhã acordei e pensei:

'Minha cara amiga, desta vez é que perdeste completamente os berlindes...'; que é como quem diz: encontras-te positiva e seguramente no limite da tua loucura; a partir daqui (já lá dizia o outro) é como o litro, capute, queimou! Não há cura possível; acabaste de descer ao patamar mais superior da imbecilidade. Esta sensação cresceu enquanto me dirigia para a faculdade; aumentou consideravelmente enquanto percorria os corredores; e atingiu um máximo na aula de Química Computacional. A irritação que sentia para comigo mesma era tão grande que nem a sei definir. Tentei arranjar desculpas - talvez fosse das alergias - talvez fosse dos filmes de simulação molecular que passavam no computador - talvez fosse das perguntas idiotas do professor. Olhei para um lado; olhei para o outro; talvez fosse... Bem, na realidade acho que por esta altura já sabia o que era; na realidade sempre o soubera. E bem podem acreditar em mim, quando digo, que nem isso me trouxe nenhum conforto. Longe de mim estar a queixar-me do que me é dado; porque se há algo que definitavamente odeio é uma pessoa que passa a vida a queixar-se. Isto não é auto-piedade nem auto-reprovação. É apenas o constatar de uma situação curiosamente incontrolada. Tudo isto vai contra a minha própria natureza... e ponto final.

domingo, março 05, 2006

Ah pois é


Sinceramente acho que não fui feita para estas coisas de blogs. Não sou muito de escrever…penso muito mas escrever já é mais difícil.
As vezes ponho me a pensar, quando ando por ai sozinha nos transportes e tal, e digo para mim mesma “bem devia por isto por escrito, talvez no blog…era giro” mas depois começo a pensar em outra coisa qualquer (contas para pagar, ou porque é que as culturas de bactérias não crescem = ) e a ideia varre-se me da cabeça. Depois quando mais tarde tento me lembrar da ideia genial que tinha tido, népia não sai nada.
Será falta de magnésio? Devia comer mais bananas e morangos (dizem que fazem bem a mioleira)? Epá não sei… peço desculpa estimados leitores!
Há quem ache que devia fazer um blog só meu, mas será que vale a pena? Se neste mal escrevo…enfim!
Contentem-se com as dissertações da Lunam :p por enquanto ao menos eheh

quarta-feira, março 01, 2006

Março!

Lá começa outro mês de Março - e entro neste mês a little bit nervous, I find... (eh! estrangeirismos!) O Carnaval já se foi de vez e parece que devíamos usar aqui um daqueles ditados populares sobre Março. Tal como março marçagão, de dia... qualquer coisa e sinceramente só me lembro da palavra cão. Nunca fui muito boa nesta coisa dos provérbios - troco sempre tudo. Assim, mudando de registo e como anda por aí a gripe das aves, deixo-vos com isto. Sempre é mais divertido que um provérbio.

  • Lapsus Calami
  • High on Tangerine
  • Chez Lune
  • Comma Verbos
  • Mundo Fantasma
  • Flight
  • Marauder's Sketck Book
  • Seculo Prodigioso
  • Antestreia
  • Cineblog
  • Hollywood
  • DVD
  • Ciencias no Quotidiano
  • Ponto Triplo
  • Viridarium
  • John Howe
  • Alan Lee
  • Daniel Govar
  • Olhares
  • TrekEarth
  • Hubble Site
  • Earth View
  • Earth Observatory
  • Darwin Online
  • Jane Austen
  • Project Gutenberg
  • National Geographic
  • Eden
  • Goober Productions
  • Transience
  • Bow Man
  • Retro Junk
  • Superman
  • Musicovery
  • Opeth
  • Rolling Stone
  • Q4 Music
  • Fundacion Miro
  • Warhol
  • Louvre
  • Nobel Prize
  • Uniao Europeia
  • Nacoes Unidas
    Puzzle Pirates