HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

quinta-feira, junho 23, 2005

Summer Days

Pois lá começaram eles à dois dias atrás! Não pude deixar de rir quando vi este desenho. É assim que todos deveríamos ser nos dias de Verão: Terrivelmente descontraídos!

terça-feira, junho 21, 2005

Ela exibia-se. A pureza da graciosidade bravia fora-se, e a noção de que doravante teria de associar a vulgaridade à sua lembrança era tão dolorosa que por momentos não foi capaz de pensar com clareza. Não era que fosse de modo algum evidente para quem quer que não a conhecesse tão bem, ou que atribuísse menos valor àquela pureza, nem que tirasse alguma admiração dos homens da assistência ou dos seus companheiros, uma vez que era feito com uma arte instintiva; porém, a mulher que estava naquele camarote não era pessoa à qual ele houvesse ligado a menor importância, quando quer que fosse.
Ela não estava à vontade. Sentia a intensidade do seu olhar e de quando em quando relanceava a vista pela sala; de cada vez que o fazia, ele baixava os olhos, como se estivesse a perseguir uma corça: havia muita gente a olhar para ela da plateia e dos outros camarotes; aliás, ela era porventura a mais bela mulher presente, com o seu vestido comprido azul-celeste e os diamantes no cabelo negro, apanhado ao alto. Apesar da precaução, os seus olhares cruzaram-se por fim e ela parou de falar. Ele quis levantar-se e fazer uma vénia, mas fraquejaram-lhe as pernas. Ficou surpreendido e, antes que pudesse agarrar-se à almofada que tinha na frente para se levantar, o pano subira e as harpas executavam glissando atrás de glissando.

sexta-feira, junho 17, 2005

quarta-feira, junho 15, 2005

Palavras Cruzadas

Quando era miúda li uns livros onde um dos principais personagens tinha a bizarra mania de trocar tudo o que era provérbios populares. Ontem, passei a noite à procura dum excerto que pudesse colocar aqui, mas não encontrei os ditos livros. O espaço na estante começa a escassear e possivelmente acabaram por ter um fim derradeiro - tal como os livros de BD - às mãos da minha mãezinha. Enfim... Não conseguirei fazer um trabalho tão bom como o do dito autor - do qual nunca cheguei a reparar no nome - mas cá vai uma tentativa de ajavardar o sistema todo. Vejam se conseguem reconhecer alguns!

A cavalo dado, orelhas moucas. A vozes loucas, não se olha o dente. Barco parado, não faz abordagem. A culpa morreu casada. Com espelhos e tolos se enganam os bolos. A vaidade é o espelho dos bolos. A ocasião faz o burro. Ladrão velho, não aprende línguas. Contra a força, não há argumentos. Contra factos, não há resistência. Comer e coçar, o mal é parar. Cu de Cão e nariz de gente, nunca tem dentes. Deus dá nozes, a quem não está quente. O que está feito, engorda. O que não mata, feito está. O Saber a seu dono. O seu não ocupa lugar. O segredo morreu de velho. O seguro é a alma do negócio. O mau é ter mais olhos do que felicidade. Dinheiro não traz barriga. Este mundo é uma bola; quem anda nela é que se esfola. Depois da batalha aparecem os doentes (esta é verdade o_O). Depois da tempestade, trancas à porta. Depois de casa roubada vem a bonança. De médico e de louco, todos temos muito pouco (as if... médico está bem, mas agora louco...). Cada gato puxa a brasa para a sua sardinha. De noite todas as sardinhas são pardas. Deitar cedo e cedo erguer, dá cólicas e faz correr. Deus anda a direito, por curvas tortas. Diz o roto ao nu: porque não estou nu como tu? Diz-me com quem andas, dir-te-ei o quão roto és. Há males que vêm por mar. Há mar e mar, há ir e ficar.

quinta-feira, junho 09, 2005

Mais um Dia de Camões

E dia de Portugal também; dia em que o furor patriótico vem ao rubro - não tanto como quando há jogos da selecção nacional, como é evidente, mas sempre vem ao rubro.
Assim, porque não prestar uma homenagem a Camões e a Portugal neste dia? E para isso, nada melhor que uma passagem da grande obra do Mestre, que por acaso até conta uma parte da história deste povo que é o nosso. Um bom dia de Portugal para todos os portugueses! =]

Já se viam chegados junto à terra
Que desejada já de tantos fora,
Que entre as correntes Índicas se encerra
E o Ganges, que no Céu terreno mora.
Ora sus, gente forte, que na guerra
Quereis levar a palma vencedora:
Já sois chegados, já tendes diante
A terra de riquezas abundante!

A vós, ó geração de Luso, digo,
Que tão pequena parte sois no mundo,
Não digo inda no mundo, mas no amigo
Curral de Quem governa o Céu rotundo;
Vós, a quem não sòmente algum perigo
Estorva conquistar o povo imundo,
Mas nem cobiça ou pouca obediência
Da Madre que nos Céus está em essência;

Vós, Portugueses, poucos quanto fortes,
Que o fraco poder vosso não pesais;
Vós, que, à custa de vossas várias mortes,
A lei da vida eterna dilatais:
Assi do Céu deitadas são as sortes
Que vós, por muito poucos que sejais,
Muito façais na santa Cristandade.
Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!
Os Lusíadas, Canto VII
Luís de Camões

O purgatório

Vai e vem, como se alguém chama-se por ele, deixa-nos na pior posição que pode existir, não é o inferno nem o paraíso, é simplesmente a confusão da mente à beira de uma solução.
Isto só, porque tem que ser, porque o é, pois senão seria um grande falhanço da simplicidade da sensação de poder existir. A pura situação da coexistência entre o inferno e o paraíso, deixa-nos na interface que os une e quanto mais nos apercebemos da nossa posição, mais esta interface tende a aumentar. A complexidade que envolve a mera solitude com que nos encontramos, faz-nos ponderar a composição do espiríto que nos abarca, a sua tendência para Tártaro ou para o Éden, mas será que nos cabe a nós ponderar? Ou somos apenas peões da nossa natureza, sem a própria racionalizacão que nos é sinónimo?
Não será contudo demasiado óbvio, toda esta espécie de satisfação interior que nos permite desempatar, como uma semente que dá vida ao acaso levada pelo vento, somos aquilo que a natureza nos proporciona e nos reduz à singeleza do nosso Purgatório, a nossa selva.

segunda-feira, junho 06, 2005

Alphonse Mucha

Alphonse Mucha foi um artista de finais do século 19 e inicios do século 20. Natural da República Checa, foi dos primeiros artistas no estilo Art Noveau, característico pelo seu colorido intenso e aspecto de ilustração (tudo era arte desde o papel de parede aos anúncios, a champanhe e capas de revista...). Os seus trabalhos mais conhecidos foramilustrações para peças e revistas. Pessoalmente, o que gosto mais nas suas peças são as mulheres, o seu aspecto divinal mas ao mesmo tempo extremamente humano, mas cheias de curvas sensuais. Apreciem =)

domingo, junho 05, 2005

Yumi III

As frutas conseguem ser tão artísticas...

quinta-feira, junho 02, 2005

Desejo de esperança

És tão ingénua que até chateia. Será que não tens percepção disso? A tua adoração pelo abismo, deixa-me confuso, levas-te pelo simples perfume da fantasia e todos os dias perdes um pouco da tua essência, a tua alma vai-se deslocando para o infinito, mas continuas a não perceber porquê que a tua vida é tão dificil. Basta só dizeres o que sentes e tudo será diferente, o mundo irá abrir-se para ti, tudo isto não passará de um sonho. Vais poder finalmente cheirar a relva fresca molhada pelo orvalho, sentires a brisa que passa e te suspira dizendo olá. VIVE....

The Riddle of the World

Know then thyself, presume not God to scan
The proper study of Mankind is Man.
Placed on this isthmus of a middle state,
A Being darkly wise, and rudely great:
With too much knowledge for the Sceptic side,
With too much weakness for the Stoic's pride,
He hangs between; in doubt to act, or rest;
In doubt to deem himself a God, or Beast;
In doubt his mind and body to prefer;
Born but to die, and reas'ning but to err;
Whether he thinks to little, or too much;
Chaos of Thought and Passion, all confus'd;
Still by himself, abus'd or disabus'd;
Created half to rise and half to fall;
Great Lord of all things, yet a prey to all,
Sole judge of truth, in endless error hurl'd;
The glory, jest and riddle of the world.

Alexander Pope

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