3 anos de looouuucuuuuraaaaaa!

É verdade, o Horas fez 3 anos! No passado dia 12 de Abril, e ninguém se lembrou. Somos pessoas muito ocupadas sabem, e nenhum de nós se lembrou de pôr uma lembrança no telemóvel.

Balanço após estes 3 anos? Bem, chegámos a consenso que no geral somos pessoas mais equilibradas. O Sr. Melo já desconta para a segurança social, a menina Lunam já não sonha com personagens de livros de fantasia nem tem instintos homicídas para com os pombos de Lisboa. Quanto a mim, já não vejo anões no meu quarto. Eles agora passam mais tempo na cozinha a fazer "apple pie" e dormem no quarto do meu pai.

Para o futuro temos grandes planos, nomeadamente manter o nível de insanidade a que já vos habituamos.

Saudações Horárias!

Grandes Mistérios da Humanidade

Não sei se para vocês isto é um grande mistério, mas a mim intriga-me. Porque é que os treinadores de ginástica artística têm todos um grande bigode? No 25 de Abril fui ver os miúdos da ginástica ao parque e lá estava o treinador com um grande bigode. Há bocado, lá andavam dezenas de bigodes no campeonato de ginástica europeu. E melhor! Acompanhados de óculos Rayban (só naquela, já referi que também quero uns Rayban?)! Começo a denotar um padrão. Agora, das duas uma: ou são todos chulos do Bairro Alto que tiveram que fugir à polícia; ou são espiões gregos que se fazem passar por treinadores de ginástica para conquistar o mundo e fazer-nos voltar 30 anos para trás nesta maravilhosa espiral que é o tempo. Raio dos homens são simplesmentes estranhos. Nunca ninguém lhes disse que aquilo já passou de moda?

Já agora, não percam a próxima edição dos Grandes Mistérios da Humanidade: Que é que o James Brown andava a fazer na cantina da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa? Prometemos revelar toda a verdade sobre o assunto. Todos os meses nas bancas.

O Horas de outro ponto de vista VI

Portanto, ninguém pode entrar no blog Flight nas próximas semanas senão vão perceber que eu fiz uma coisa muito feia que se chama roubar imagens de outras pessoas e alterá-las à nossa vontade. Que é que querem? A rapariga está com cara de quem não cá vem há muito tempo...

Enjoo Olfactivo

Pode parecer estranho, e não sei se serei a única a sentir semelhante coisa, mas já alguma vez repararam como as escolas têm todas o mesmo cheiro característico? Parece uma mistura de madeira e cola, uma coisa forte que entra pelas narinas acima e nos dá a volta ao cérebro. É acre e não sei bem o que é - talvez não seja madeira de todo, mas o pó que provavelmente anda no ar. Verdade seja dita, odeio-o, enjoa-me. O meu primeiro dia de aulas era sempre marcado por uma náusea. Quando entrava, lá estava ele. Está impregnado nas salas. Hoje ao entrar no elevador da faculdade, lá senti aquele cheiro que marca todas as escolas por onde passei. A sério, façam-me lá a vontade e digam que não andei todos estes anos a imaginar coisas e que as escolas têm mesmo um cheiro esquisito.

Smog

Claude Monet

The Hours meets... something...

Já sabem que adoro estas porcarias. Hmm... só agora reparei que somos um bocado a dar para o caixa-de-óculos.

Behold!

To all of you out there who entitle thyselves as Chocolate Chip Cookie Junkies: Behold the Beauty of the World!

I have a dream that someday, Chocolate Chip Cookies will be used as eatable coins, because they are what they look: delicious... Thank you very much.

Where the Sidewalk Ends

There is a place where the sidewalk ends
And before the street begins,
And there the grass grows soft and white,
And there the sun burns crimson bright,
And there the moon-bird rests from his flight
To cool in the peppermint wind.

Let us leave this place where the smoke blows black
And the dark street winds and bends.
Past the pits where the asphalt flowers grow
We shall walk with a walk that is measured and slow,
And watch where the chalk-white arrows go
To the place where the sidewalk ends.

Yes we'll walk with a walk that is measured and slow,
And we'll go where the chalk-white arrows go,
For the children, they mark, and the children, they know
The place where the sidewalk ends.

Shel Silverstein

Páscoa Feliz

Bom, toda a gente se pergunta o porquê dos ovos de páscoa, e como é que o coelho entra nessa história, aqui fica a resposta.

O facto dos ovos serem coloridos, é nem mais nem menos devido, à amizade colorida destes dois amigos.

Regra nº1: Nada de festas privadas!

Sozinha em casa numa tarde de férias, quando todos os outros trabalham, tentando descobrir o que fazer. Queimar os tapetes? Coisas a favor: não consigo passar por cima deles sem os arrastar; quando o chão está encerado parecem-se com pranchas de snowboard; e nem sequer são mágicos o suficiente para voar. Coisas contra: A piromania não é bem vista aos olhos da sociedade; é crime, é doença; e por muito que os tapetes ajudem a aquecer uma casa é sempre bom não abusar da bondade alheia. Pirotecnia seria a solução ideal: Toda a gente gosta de ver aquelas luzes no céu, o momento em que deixam de ser pequenas estrelinhas para se transformarem em palmeiras. Palmeiras no céu... e mesmo assim ninguém acha o fogo-de-artifício ridículo. Se fosse mais silencioso até os cães gostariam; até mesmo os alarmes dos carros não se queixariam tanto. Felizmente há sempre o rádio a tocar - melodiosas vozes humanas a fazer companhia numa festa privada dentro do nosso quarto. Regra nº1 quebrada: porque as regras não foram feitas para serem cegamente cumpridas mas sim, contestadas.

Espiral do ser - Parte II - A intemporalidade

Regresso finalmente do trabalho, sinto-me cansado mas satisfeito por ter cumprido os objectivos de mais um dia. O sol de final de tarde atinge a minha face enchendo-me de pura energia, no horizonte Lisboa começa a aparecer, estamos em 1513 pleno século XIV. Existe em mim uma sensação de desassossego que se começa a desvanecer com o aproximar à cidade. Um ranger constante é sinónimo de vetustez, pois esta caravela onde navego já fez muitas milhas náuticas, ainda assim a bolina é espantosa, é como se voasse nas ondas ao lado das gaivotas e albatrozes.
Faz exactamente dois anos que El-Rei D. Manuel I se mudou do castelo de São Jorge para o palácio do Terreiro do Paço, com isso tudo mudou naquela zona, mesmo assim ainda se pode ver o povo na sua rotina diária, na compra, venda, nas trocas e trafulhices, no porto o movimento é sempre desordenado no entra e sai de mercadoria, Portugal vive um período de ouro.
Enfim, Lisboa com as suas colinas abraça-me à medida que me aproximo, e o velho castelo mantêm-se imponente no cimo, vejo a Sé misturada no meio de umas árvores e umas casitas a rodeá-la, as ruelas começam-se a desenhar, e os barulhos e os cheiros a conquistar-me, simples arte. Quando dou por mim já estou em terra, para trás ficaram cinco séculos e muitas mudanças, mas Lisboa e a sua alma continuam na mesma.

Purple Rain