Ideias em Corrente
Como cortar com um vício? Bem, não sei. Lembro-me que quando tinha cerca de 10 anos e roía as unhas até ao sabugo, dei por mim a pensar, "A partir de agora vou deixar de o fazer!" E deixei. Naquela tarde cortei as unhas rente, passei a cortá-las sempre que cresciam, e como já não havia nada para roer, deixei de o fazer. Hoje consigo ter as unhas compridas por muito tempo se assim o quiser, basicamente até elas se partirem. Porque é que uma miúda de 10 nos haveria de ter uma ideia destas? Não sei bem, acho que me lembro de ouvir alguém dizer que roer as unhas fazia mal à saúde.
Mas porque é que me lembrei disto agora? Não sei bem. A minha cabeça funciona assim, qualquer gesto, qualquer palavra faz-me lembrar coisas destas, como se o meu cérebro funcionasse por pontos de referência. Lembrei-me disto quando esta manhã pus o relógio no pulso, relógio que deixei de usar durante uns anos porque tinha o vício de olhar para ele sem ver as horas. Hoje sou capaz de usá-lo normalmente, e mesmo quando estou atrasada raramente me lembro que o tenho. Por isso, para mim, as palavras "vício", "unhas" e "relógio" estarão sempre interligadas.
Lembram-me de dependências, e de como não devemos estar dependentes de coisas parvas. Obviamente que aqui estamos apenas a falar de roer as unhas e olhar para relógios, mas também serve para relembrar que se temos força de vontade para umas coisas, em princípio, também teremos para outras.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home