HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

terça-feira, dezembro 28, 2004

O Fim Está Próximo!

Pois é meus amigos! O ano chega ao seu 365º dia (não... para quem estava com esperança de não me voltar a ver, lamento a decepção, mas isto não é um bilhete suicída). Daqui a uns dias diremos adeus a 2004 e sem grande tempo para nos despedirmos, porque as despedidas são sempre tristes, dizemos olá a 2005.
Esta não deixa de ser aquela altura em que pensamos no que fizemos durante o ano - e que ano esquisito foi este... Quase parece que se passou uma vida e no entanto foi-se tão depressa. Houve momentos em que pensei que o mundo ia mesmo acabar mas Alas! aqui continua ele e sempre continuará para aqueles que o querem apreciar.
Assim, acabo o ano com a sensação que o vivi intensamente, suguei o tutano do tempo até à última gota, tanto nos momentos bons como nos momentos... menos bons. Porque como sempre disse, vistos à distância não parecem tão maus assim. Foi um ano de extremos, nada foi moderado, tudo foi crescimento.
Mas chega de parvoíces...
Para os outros membros das Horas de Alucinação: Aproveitem o que vos resta deste ano, entrem com o pé direito no próximo e enfim... vemo-nos por aí. Já sabem que no matter what continuo a gostar de vocês (entram quase sempre nas minhas orações... Não, isto não é verdade ô.ô Mas estam guardados na minha mente... no canto mais escuro =D Estou a brincar!).
Para todos os outros que têm a paciência de ler as nossas parvoíces (a maior parte deles porque nos conhecem pessoalmente e estão a fazer um favor): Um Bom Ano para todos vocês e continuem por aí.

sábado, dezembro 18, 2004

The Man in the Moon Came Down Too Soon

There is an inn, a merry old inn
beneath an old grey hill,
And there they brew a beer so brown
That the Man in the Moon himself came down
one night to drink his fill.

The ostler has a tipsy cat
that plays a five-stringed fiddle;
And up and down he saws his bow
Now squeaking high, now purring low,
now sawing in the middle.

The landlord keeps a little dog
that is mighty fond of jokes;
When there's good cheer among the guests,
He cocks an ear at all the jests
and laughs until he chokes.

They also keep a hornéd cow
as proud as any queen;
But music turns her head like ale,
And makes her wave her tufted tail
and dance upon the green.

And O! the rows of silver dishes
and the store of silver spoons!
For Sunday there's a special pair,
And these they polish up with care
on Saturday afternoons.

The Man in the Moon was drinking deep,
and the cat began to wail;
A dish and a spoon on the table danced,
The cow in the garden madly pranced
and the little dog chased his tail.

The Man in the Moon took another mug,
and then rolled beneath his chair;
And there he dozed and dreamed of ale,
Till in the sky the stars were pale,
and dawn was in the air.

Then the ostler said to his tipsy cat:
'The white horses of the Moon,
They neigh and champ their silver bits;
But their master's been and drowned his wits,
and the Sun'll be rising soon!'

So the cat on the fiddle played hey-diddle-diddle,
a jig that would wake the dead:
He squeaked and sawed and quickened the tune,
While the landlord shook the Man in the Moon:
'It's after three!' he said.

They rolled the Man slowly up the hill
and bundled him into the Moon,
While his horses galloped up in rear,
And the cow came capering like a deer,
and a dish ran up with the spoon.

Now quicker the fiddle went deedle-dum-diddle;
the dog began to roar,
The cow and the horses stood on their heads;
The guests all bounded from their beds
and danced upon the floor.

With a ping and a pang the fiddle-strings broke!
the cow jumped over the Moon,
And the little dog laughed to see such fun,
And the Saturday dish went off at a run
with the silver Sunday spoon.

The round Moon rolled behind the hill,
as the Sun raised up her head.
She hardly believed her fiery eyes;
For though it was day, to her surprise
they all went back to bed!

domingo, dezembro 12, 2004

Hero

Como a Miss Asphodel quer que escreva sobre cinema - apesar de não querer reduzir-me a isso =P -, mas não tenho sentido aquela vontade que outrora tinha de ir assistir a um filme naquela típica sala escura (acreditem que depois de Van Helsing o trauma foi tão grande que agora só à base do puxão! Não... estou a ser injusta... acho que foi antes disso... Mas porque é que ninguém me disse que isto ficava para sempre!?) aqui fica uma espécie de "review" de uma obra que vi hoje na tv.
Hero é um filme chinês e o seu personagem principal chama-se nada mais, nada menos que "Sem Nome". Tem piada, não é? E podem acreditar que a piada acaba toda aqui. O filme passa-se algures numa China dividida por 6 reinos, num ano entre 100 - 200 A.C (desculpem se não apanhei o ano correcto...). "Sem Nome" apresenta-se perante um Rei de um Reino rival, reclamando que matara três guerreiros que conspiravam contra si. Esta é essencialmente a história e todo o filme decorre em redor desta entrevista e do que é dito através dela.
Parece chato? Se me contassem que o filme era assim talvez achasse chato. Talvez se o não tivesse visto com os meus próprios olhos diria que não valia a pena vê-lo só pela "review", tão sucinta e dismistificada de emoção.
Mas Hero é a própria emoção. São os sentimentos e a filosofia humana na sua mais pura latência. É o culto da Natureza, onde Homens se misturam com os ambientes - terrificamente belos - que se encontram à sua volta. Hero é um ideal, um filme visualmente tão belo que por vezes até corta a respiração. É como se nos sentíssemos presos num quadro.
É sobreduto um filme sobre amor e o tipo de escolhas que teremos de fazer na vida de acordo com ele. É a aceitação do sacríficio de forma que o mais pequeno de dois males possa prevalecer.
Sei que isto é uma crítica estranha e abstracta mas é o melhor que posso fazer. Porque por muito que vos quisesse explicar a mensagem que este filme nos transmite... é basicamente impossível. Só vendo... por isso, se puderem, não deixem de o ver.

sábado, dezembro 04, 2004

Miracle Drug

Eh pah! Adoro esta canção! E sendo ela a banda sonora para este dia, aqui fica o excerto que mais me ficou na cabeça. Se tiverem oportunidade, ouçam-na também...

The songs are in your eyes
I see them when you smile
I've had enough of romantic love
I'd give it up, yeah, I'd give it up
For a miracle, miracle drug

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Alquimia

A palavra Alquimia deriva do árabe AL-KIMA, pedra filosofal. KIMIA deriva do vocábulo egípcio KEME, terra negra - a matéria primordial. Podemos considerar o período egípcio e bizantino como tendo compreendido os primeiros seis séculos da era cristã. Alguns dos mais antigos escritores, tais como Zózimo (250-300 d. C.), Maria, a judia (a quem se atribui a invenção do chamado “banho-maria”) entre outros foram pessoas extremamente práticas com experiência em laboratório; mas os autores posteriores (bem como alguns charlatões) dedicaram-se a escrever sobre a alquimia sem praticá-la, já que de química (como hoje esta maravilhosa ciência é conhecida) não entendiam nada; e considerando que “Em terra de cego, quem tem olho é rei”... Foi a festa para os embusteiros e os seus poderes milagrosos.
O Egipto foi conquistado pelos árabes no ano 640 d. C., e com isso, os escritos sobre a alquimia passaram à Arábia sendo logo traduzidos para o árabe e para o sírio. O conhecimento adquirido pelos árabes foi muito desenvolvido e gradualmente, a alquimia elevou-se ao status de profissão. No século XIII, a ideia dos quatro elementos principais (água, fogo, terra e ar) foram substituídos por três: mercúrio, enxofre e sal. O alquimista árabe Abu Musa Jabir ibn Hayyan al Sufi (também conhecido como Geber) havia ensinado que os metais compunham-se de mercúrio e enxofre, gerados no interior da Terra. Supunha-se que o ouro e a prata eram feitos de mercúrio e enxofre limpo; enquanto que os outros metais eram formados com enxofre sujo. Ora, com um raciocínio destes, é óbvio que chegaram à conclusão de que, se limpassem adequadamente o enxofre constituinte dos metais vulgares, facilmente poderiam transformá-los em ouro, através da famosa pedra filosofal.
Aproximadamente em 1525, surgiu uma nova escola de químicos (se é que podemos chamá-los assim), conhecidos como Iatroquímicos, ou químicos-médicos. O objetivo era um pouco, digamos assim, mais nobre. Era encontrar um meio das pessoas tornarem-se totalmente imunes às doenças, ou seja, conseguirem a imortalidade com o uso do elixir da vida eterna. O fundador da Iatroquímica foi o médico Philip Aurelus Bombast von Hohenheim, também conhecido como Paracelso, cujo principal mérito foi o de demonstrar o valor medicinal de muitas substâncias.
Apesar disso, Paracelso ainda ficou preso a certos preceitos mágicos, e estipulou o termo preparado espargírico, o qual buscava a quintessência, que valorizava o elemento divino da natureza e a preservação das vibrações cujo surgimento era a própria essência da alquimia.
De qualquer forma, é errando que se aprende. Apesar de tanta confusão e ideias tolas, os antigos cientistas, depois de tantos fracassos, conseguiram desenvolver uma nobre ciência - a química.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

1 de Dezembro de 1640

"Na manhã de dia 1 de Dezembro, pelas oito e meia, começaram a chegar coches ao Terreiro do Paço. Traziam as cortinas corridas para esconder as armas. Ao bater da última badalada das nove nas Torres das Igrejas, os conspiradores saltaram para a rua e dirigiram-se ao palácio. Um grupo dominou os soldados do forte anexo com a ajuda de populares. Outro rebentou as portas e irrompeu pelos salões, atirando sobre quem tentasse barrar-lhes o caminho.
A guarda alemã foi dominada e as buscas continuaram. Um funcionário ao serviço dos espanhóis, chamado Francisco Soares de Albergaria, ao ouvir gritar: "Viva el-rei D. João IV", sacou da espada e gritou: "Viva el-rei D. Filipe."
Em resposta levou dois tiros na garganta.
Os que vinham com ele renderam-se imediatamente. Mais adiante apareceu outro partidário do rei estrangeiro, o capitão Diogo Garcês Palha. Ainda disparou uma arma, houve luta e os fidalgos, em vez de o matarem, sugeriram ironicamente que fugisse pela janela. O capitão arriscou. O voo teve como consequência partir uma perna, mas valeu a pena, pois conseguiu escapar com vida e fugiu. (...)
Ainda lá dentro (...) Por mais voltas que dessem não encontravam Miguel de Vasconcelos. (...) Já tinham percorrido os salões, os gabinetes de trabalho, os aposentos do ministro, e nada.
(...) Acontece que Miguel de Vasconcelos, quando se apercebeu que não tinha hipótese de fugir, escondeu-se num armário onde guardava papéis e fechou-se lá dentro com uma arma. O que finalmente o denunciou foi o tamanho do armário. Pequeno, acanhado, incómodo, próprio para papéis mas não para pessoas. O fugitivo, ao tentar mudar de posição, remexeu-se lá dentro, o que provocou uma restolhada de papéis. Foi quanto bastou para os conspiradores rebentarem a porta e o crivarem de balas. Depois atiraram-no pela janela fora.
O corpo foi cair no meio da multidão enfurecida, que sobre ele deu largas ao ódio, cometendo verdadeiras atrocidades."
excerto de "O Sabor da Liberdade"
~
E pronto, assim começou o ínicio do fim. Para expulsarem os espanhóis de Portugal, os nobres mataram mais portugueses que propriamente espanhóis, mas no fundo todos somos humanos, indepentemente da nacionalidade. Muitos deles foram também posteriormente perseguidos apenas por ódio ao país que nos tentou subjugar. Gente que nada tinha a ver com Governo, Política, Monarquias. Trabalhadores que ganhavam o seu sustento no nosso país e que se viram obrigados a fugir. São as "alarvidades" de todas as guerras - os "pequenos" são sempre os primeiros a sofrer e também os primeiros a condenar, perdendo toda a compaixão que possuem.

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