Happy Halloween!

Não sei que raio é que a miss Asphodel anda a fazer lá pela Alemanha, mas os meus espiões têm-me mandado coisas esquisitas. Vai na volta isto explica os misteriosos desaparecimentos dentro do nosso círculo de amigos. Pá, desculpem lá, mas eram precisas cinco cabeças... Ou seja, duas vieram emprestadas. Feliz Dia das Bruxas, pessoal!

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Aqui está uma curta-metragem engraçada... tirando para quem não gosta de palhaços. Já agora, ganhou um prémio em Cannes.

O Horas de Outro Ponto de Vista IX

Há horas assim,
Opacas, nada interessantes,
Raiva em nada as ajuda,
Amor não as salva,
Saliva sabe a fel.

Donde vêm?
Entram sozinhas.

Alienígenas no coração,
Laivos de fantasia,
Unicas para quem as sente,
Circulam, vão e vêm,
Inventam coisas novas,
Nações são criadas,
Apenas por loucura, claro está.
Çirco, é que é,
Antro de coisas nojentas,
Onde a vida dá uma volta e a demência cresce devagar.

Lucid Dreams

Pelo menos uma vez na vida gostaria de ter um sonho com pés e cabeça. Mas não, são sempre bizarros e desgatantes, muito raramente felizes. De vez em quando tenho daqueles sonhos lúcidos em que me apercebo que estou a sonhar. Como hoje de noite em que sonhei que estava a olhar pela janela do meu quarto, e dei por mim a pensar que o sol não podia estar ali porque devia ser de noite. Estava obviamente a sonhar, e belisquei a cara exactamente para ter a certeza. Não senti nada, o que achei extremamente cool. Depois disso acordei com a já habitual sensação de não saber onde estava. Coisas parvas. O que vale é que a maior parte das noites nem me lembro delas. E quando me lembro acabo quase sempre por esquecê-las rapidamente.

Wreath the Bowl

Wreath the bowl
With flowers of soul,
The brightest Wit can find us,
We'll take a flight
Towards heaven to-night,
And leave dull earth behind us.
Should Love amid
The wreaths be hid
That Joy, the enchanter, brings us,
No danger fear,
While wine is near --
We'll drown him if he stings us.
Then, wreath the bowl
With flowers of soul,
The brightest Wit can find us.
We'll take a flight
Towards heaven to-night,
And leave dull earth behind us.

'Twas nectar fed
Of old, 'tis said,
Their Junos, Joves, Apollos,
And man may brew
His nectar too,
The rich receipt's as follows:
Take wine like this,
Let looks of bliss
Around it well be blended,
Then bring Wit's beam
To warm the stream,
And there's your nectar, splendid!
So, wreath the bowl,
With flowers of soul,
The brightest Wit can find us,
We'll take a flight
Towards heaven to-night,
And leave dull earth behind us.

Say, why did Time
His glass sublime
Fill up with sands unsightly,
When wine, he knew,
Runs brisker through,
And sparkles far more brightly?
Oh, lend it us,
And, smiling thus,
The glass in two we'll sever,
Make pleasure glide
In double tide,
And fill both ends for ever!
Then, wreath the bowl
With flowers of soul
The brightest Wit can find us;
We'll take a flight
Towards heaven to-night,
And leave dull earth behind us.

Thomas Moore