O purgatório
Vai e vem, como se alguém chama-se por ele, deixa-nos na pior posição que pode existir, não é o inferno nem o paraíso, é simplesmente a confusão da mente à beira de uma solução.
Isto só, porque tem que ser, porque o é, pois senão seria um grande falhanço da simplicidade da sensação de poder existir. A pura situação da coexistência entre o inferno e o paraíso, deixa-nos na interface que os une e quanto mais nos apercebemos da nossa posição, mais esta interface tende a aumentar. A complexidade que envolve a mera solitude com que nos encontramos, faz-nos ponderar a composição do espiríto que nos abarca, a sua tendência para Tártaro ou para o Éden, mas será que nos cabe a nós ponderar? Ou somos apenas peões da nossa natureza, sem a própria racionalizacão que nos é sinónimo?
Não será contudo demasiado óbvio, toda esta espécie de satisfação interior que nos permite desempatar, como uma semente que dá vida ao acaso levada pelo vento, somos aquilo que a natureza nos proporciona e nos reduz à singeleza do nosso Purgatório, a nossa selva.
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