I am Cronos, Master of all Time!!
Pois, bem sei que esta frase é tirada do Johnny Bravo, mas é díficil resistir-lhe...
A figura enigmática de Cronos representou, na mitologia, um claro exemplo dos conflitos religiosos e culturais surgidos entre os gregos e os povos que habitavam a península helênica antes da sua chegada. Cronos era um deus da mitologia pré-helênica ao qual se atribuíam funções relacionadas com a agricultura. Mais tarde, os gregos incluíram-no na sua Mitologia, mas conferindo-lhe um caráter sinistro e negativo. Na mitologia grega, Cronos era filho de Úrano (o Céu) e de Gaia ou Gea (a Terra). Incitado pela mãe e ajudado pelos irmãos, os Titãs, castrou o pai - o que separou o céu da terra - e tornou-se o primeiro rei dos deuses. O seu reinado, porém, era ameaçado por uma profecia segundo a qual um de seus filhos o destronaria. Para que tal vactícinio não se cumprisse, Cronos devorava todos os filhos que a sua mulher Reia lhe dava, até que esta conseguiu salvar Zeus. Este, quando cresceu, arrebatou o trono do pai, conseguiu que ele vomitasse os outros filhos, ainda vivos, e expulsou-o do Olimpo, banindo-o para o Tártaro, um lugar de tormento. Segundo a tradição clássica, Cronos simbolizava o tempo e por isso Zeus, ao derrotá-lo, conferira a imortalidade aos deuses. Era representado como um ancião empunhando uma foice e frequentemente aparecia associado a divindades estrangeiras propensas a sacrifícios humanos. Os romanos assimilaram Cronos a Saturno e dizia-se que, ao fugir do Olimpo, levara com ele a agricultura para Roma, com o que recuperava as suas primitivas funções agrícolas. Em sua homenagem, celebravam-se as saturnálias, festas rituais relacionadas com a colheita.
Linda história, não é?
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