Mudança das Horas
São as Horas e os seus relógios: os analógicos, os digitais ou os de areia - sem esquecer os solares, os lunares e todos aqueles que nunca chegámos a compreender; transformam-se em dias, meses, anos... porque não podemos ficar pelos segundos ou minutos? Por vezes trinta segundos são suficientes. São todos estes fusos-horários, contra-horários, contra-relógios - as rodas não param de girar - o mundo não pára de girar. Encontramo-nos num jet-lag contínuo; ora adianta, ora atrasa; alguns de nós passam a vida atrasados. E quando há um atrasado há sempre alguém que espera. A vida é feita de esperas: uma hora, duas horas, um mês... por vezes espera-se uma vida inteira e não se sabe bem porquê, o quê, quando começámos a esperar. Mais vale hoje que amanhã, cedo que tarde, tarde que nunca. São todas estas longitutes e latitudes, mais os horários escolares, os do comboio, do barco e os dos autocarros. O horário de almoço dos trabalhadores das fábricas e dos estabelecimentos. Somos controlados pelas Horas. Até as podemos ler e tudo: As Horas - também passado para cinema e comercializado. Mas quem é que inventou as Horas, afinal?
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