HORAS DE ALUCINAÇÃO

As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...

segunda-feira, julho 26, 2004

WOW! o_O;;

Sim! Isto foi a única coisa que me veio à cabeça quando acabei de ver Dogville. Não pelo facto de ser um filme num estranho género teatral onde as ruas e as casas não passam de quadrados desenhados no chão, apenas decoradas com o mínimo de cenário que se possa imaginar (que eventualmente acabamos por esquecer); não pelo excelente desempenho dos actores que nele figuram (pudera! para trabalharem sem cenários tinham que ser do "best"); e sem dúvida nenhuma, não seria pela duração que quase excede os 180 min de duração. É que nada nos prepara para a podridão da condição humana que esta história nos apresenta. Tal como Paul Bettany diz no confessionário (um local onde cada actor dava um testemunho de como foi participar no filme): "É como se me estivessem a espetar um ferro na cabeça...". Mas vamos começar pelo ínicio... tudo começa quando Tom, um jovem tímido  intelectual (Bettany) encontra Grace (Kidman), uma doce rapariga que entra na aldeia de Dogville a meio da noite perseguida pela máfia. Os dois dão-se bem desde o ínicio e é com a ajuda de Tom, que Grace consegue fugir à mafia e também ser aceite pelos habitantes de Dogville, sob a seguinte condição: Grace teria que trabalhar para todos eles se quisesse ficar na aldeia. E assim acontece. Grace ajuda os habitantes, o amor entre ela e Tom cresce e durante momentos tudo parece correr bem. Mas é aí que o "ferro começa a entrar mesmo na cabeça"! As pessoas de Dogville começam a tornar-se desconfiadas, frias e até maldosas ao ponto da própria narrativa nos provocar momentos de um estranho desconforto e até vergonha (porque no fundo, também se vêem coisas destas na vida real). Os habitantes começam a mostrar a sua falta de compaixão e o seu lado mais preverso e a única coisa que nos agarra à história são Tom e Grace, as únicas pessoas que nos parecem "puras" no meio de todo aquele engodo. Mas em Dogville, nada do que parece é, e é com mais uma ponta de vergonha que vemos os nossos dois heróis caírem nas teias daquela aldeia e mostrarem-se como realmente são. É sem dúvida nenhuma uma obra díficil de classificar (ainda agora não sei se gostei ou não), que nos dá que pensar, que nos envergonha pelo cariz da história que quase parece impossível mas que pensando bem não está assim tão distante. Fanscinante mas terrífica... 

  • Lapsus Calami
  • High on Tangerine
  • Chez Lune
  • Comma Verbos
  • Mundo Fantasma
  • Flight
  • Marauder's Sketck Book
  • Seculo Prodigioso
  • Antestreia
  • Cineblog
  • Hollywood
  • DVD
  • Ciencias no Quotidiano
  • Ponto Triplo
  • Viridarium
  • John Howe
  • Alan Lee
  • Daniel Govar
  • Olhares
  • TrekEarth
  • Hubble Site
  • Earth View
  • Earth Observatory
  • Darwin Online
  • Jane Austen
  • Project Gutenberg
  • National Geographic
  • Eden
  • Goober Productions
  • Transience
  • Bow Man
  • Retro Junk
  • Superman
  • Musicovery
  • Opeth
  • Rolling Stone
  • Q4 Music
  • Fundacion Miro
  • Warhol
  • Louvre
  • Nobel Prize
  • Uniao Europeia
  • Nacoes Unidas
    Puzzle Pirates