Sabem o que é que eu gosto de fazer logo de manhã quando já está um calor dos diabos? Ir às compras. Obviamente estou a ser sarcástica, porque ninguém gosta de andar 20 minutos a pé até ao hipermercado mais próximo, debaixo do sol das 10 horas e voltar 45 minutos depois, porque as meninas da caixa não se despacham, com os braços carregados de utensílios altamente significantes - entre eles bolachas torradas - e apanhar com o sol das 11 horas na tola. Mas enfim, é daquelas coisas que tenho que fazer para me manter útil cá em casa enquanto estou desempregada. Por isso, pego na lista e lá vou eu pelo meio do parque, qual pau-mandado até ao hipermercado. Ora aí está uma expressão que nunca percebi muito bem: pau-mandado. Porque, falando a sério, os paus não se mexem sozinhos, logo como é que uma pessoa pode mandá-los fazer o que quer que seja? Tentem dizer-lhe "fica aí deitado e não te mexas" e são capazes de ter alguma sorte, mas se esperam que ele se levante para vos lavar a louça se lhe pedirem, é melhor esperarem sentados. Ou então estou a ver a coisa pelo lado errado: se calhar a expressão vem daquela mania que temos de mandar paus aos cães, porque vão invariavelmente buscá-los. Paus, não pedras. Porque se vocês desatarem a mandar pedras para eles irem buscar, podem crer que eles acabarão por vos ir buscar a vocês... à dentada. Acreditem, que fala a voz da experiência.
HORAS DE ALUCINAÇÃO
As penosas horas no vomitório são meras alucinações provocadas pelo psicotrópico que é a vida...
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