Notícia de Última Hora

Por acaso é de ontem, mas como só li o jornal de ontem hoje de manhã... Enfim! Aparentemente foi descoberto um golfinho morto no Estuário do Sado... Má onda. Mas em contrapartida foram encontradas 24 novas espécies nas florestas do Suriname: 12 escaravelhos, 5 batráquios, 6 peixes e 1 formiga. Isto é uma daquelas coisas que me deixam sempre surpresa, porque decidadamente acho estranho que numa altura desta ainda se encontrem coisas novas (a não ser que as encontrem no fundo do mar; aí ainda percebo). E depois há aquela questão da atribuição de nomes a estas coisas, que acho particularmente bizarra. Por exemplo - e isto não é de modo nenhum para denegrir biólogos ou o que quer que seja -, em Química nós temos a IUPAC: quando se sintetiza um composto novo, existem todas aquelas regras que nos dizem como ele se deve chamar (qualquer coisa como 2-cloro-não-sei-quantas-anda-cá-buscá-las-que-já-vês...). No caso da Biologia - bem sei que eles têm aqueles Reinos, Famílias, Classes, etc - mas a atribuição do último nome de uma espécie é um pouco como fazem no caso dos cometas e tornados: há pessoal que dá nomes de familiares ou amigos aos bichos. O que não tem nada de mal, mas se tiverem um nome comum é capaz de ser lixado. Ou seja, a não ser que os biólogos tenham uma base de dados tão grande como a do CSI, onde até figuram os compostos químicos do champô do LIDL, é capaz de ser confuso atribuir nomes às coisas. Há-de ser qualquer coisa como: Então que nome quer dar a este gafanhoto? Olhe, queria dar-lhe o nome da minha sobrinha. E como é que a menina se chama? Ana. Err... pois, lamento muito mas já existe. Não lhe quer dar o nome da sua irmã ou assim? Realmente tenho curiosidade em saber como esta coisa funciona.