The Nightmare Before Christmas

Ah pois é! Depois de um (quase) autêntico rompimento, cá voltamos nós ao cinema. E haverá melhor tema para abordar nesta época natalícia que um filme - apesar de já ser de há uns natais atrás... - natalício? Pois, também me parece que não. É que a verdade é pura e simplesmente esta: andei a rever o Nightmare Before Christmas aka O estranho Mundo de Jack- em português - e desta vez dou mão à palmatória à tradução portuguesa porque realmente o bonequito lá se chama Jack; e lá que vive num mundo estranho... isso também é verdade - de Tim Burton. Como sempre acontece nos filmes deste grande senhor do cinema (e como eu adoro o seu Ed Wood), o bizarro passa a natural e o normal esconde-se dentro do armário. Jack Skeliton, que é como diz uma espécie de esqueleto ambulante é, nada mais nem menos, que o rei das abóboras da terra do Halloween (é verdade... ele tem um aboboral). E como podem imaginar a terra do Halloween é exactamente o que se proprõe ser: Uma terra de terror onde bruxas, vampiros, lobisomens, o bicho-papão e também um cientista maluco (que estranhamente me faz relembrar aquela série do Duckman) coexistem em assustadora harmonia. Todos os anos, Jack fica responsável de criar a festa de Halloween; e todos os anos ele o faz com maior ou menor satisfação. Mas a verdade, é que Jack começa a ficar farto de fazer sempre a mesma coisa, e num acesso de loucura - ou talvez aborrecimento - afasta-se da terra do Halloween, descobrindo assim a terra do Natal. Obviamente, Jack fica fascinado por aquele estranho e novo mundo, tão diferente do seu; e logo ali decide que naquele ano, será ele a fazer o Natal. E é esta ideia que ele apresenta aos habitantes da sua terra, que de facto têm problemas em compreender o conceito de tal festa - ou não fossem eles uma cambada de monstros sanguinários. Como podem imaginar, criaturas aterradoras a criar o Natal, é coisa que não pode dar muito resultado e a história desenrola-se a partir daí. Como quase todos os filmes, também este tem a sina de acabar bem. No final, Jack e Sally (a sua amiguinha tipo monstro do Frankstein) encontram o que procuram e o Natal enche o coração de todos. É que, digam o que disserem, esta coisa do espírito natalício é mesmo um bocado contagiante.